Alimentação

 É fato que rações de boa qualidade e muitos vegetais são o que há de melhor para 

nossos peixes mas... quem resiste a oferecer umas vitaminas aos nossos bichinhos?


Patês de Gordon e suas variantes!

Receita:

. 100 gramas de coração de boi (sem gordura nenhuma);
. 100 gramas de fígado de boi;
. 100 gramas de coração de galinha;
. 4 cenouras com casca;
. 4 batatas inglesas com casca;
. 10 belas folhas de espinafre;
. 1 beterraba;
. 2 ovos crus com gema e clara;
. 1 pacote de gelatina;
. 2 colheres de sopa de neston;
. 2 colheres de sopa de farinha láctea;
. 1 colher de sopa de farinha de peixe;
. 1 colher de sopa de óleo de fígado de bacalhau;
. 1 colher de sopa de açúcar;
. 1 colher de sopa de sal.

      Cozinhe tudo, mexa bem  no liquidificador com os ovos e adicione a gelatina 
dissolvida. Pronto, é só dividir em vários potinhos. Se não for usar rápido em até um 
mês, não faça muito. A receita pode variar tanto na quantidade quanto nos ítens caso 
não seja encontrado, use apenas proporcionalmente. Eu por exemplo fiz sem as 
carnes e óleo de fígado de bacalhau e eles gostaram muito.

      Mas as vitaminas não param aí:

- Vegetais -

      Todos que puder imaginar, principalmente as folhas de alface e espinafre.
DICA: Lemna Valdiviana. Os meus são loucos por ela. Aí abaixo vai um pouquinho 
mais sobre a Lemna.




  Pertencem a uma pequena família de apenas 4 gêneros.

  São plantas aquáticas flutuantes extremamente pequenas, sendo as 
menores angiospermas 
(plantas com flores) do planeta.

  Possuem uma porção caulinar de onde saem as folhas. Dois gêneros, 
Lemna e Spirodela, apresentam "raízes" submersas. Wolffia é 
o que apresenta maior redução (não apresentando raízes e nem tecido
 condutor).

  A floração e a frutificação são fenômenos muito raros. Essas plantas 
ocorrem em lagos, lagoas e represas de todo o Brasil, constituindo 
alimento de aves aquáticas (como patos e marrecos), pequenos peixes,
caramujos, insetos e outros organismos aquáticos.

  São utilizadas (principalmente Lemna) como despoluídoras de águas, 
filtro biológico (canalizando esgoto com 97% de retenção de coliformes, 
metais pesados e excesso de nutrientes). Em aquários e tanques podem 
ser utilizadas como ornamentais, abrigo para alevinos e alimento para 
peixes herbívoros (sendo excelente fonte de proteína, inclusive para 
alimentação humana).

  Para diferenciá-las, é importante saber que:

Wolffia não apresenta raízes.
Lemna apresenta apenas uma raíz e
Spirodella apresenta diversas raízes.

- Alimentos Vivos -

Blood worm, larva de drosophyla, dáfnia, enquitreia, tenébrio, besouro 
do amendoin, minhoca, artêmia etc.



      Uma curiosidade ainda nas comidas vivas. Muita gente tenta criar de 
todo jeito as tais Bloodworms, e não é que eu as encontrei lavando as mídias 
do filtro do meu lago. Abaixo um resumo de uma matéria que encontrei:

Larva do mosquito Quironomo.

    Há numerosas espécies, algumas vivem em água salgada. Os adultos 
desse mosquito não picam e são facilmente reconhecidos por suas
antenas emplumadas e seu zumbido agudo. As larvas
(bloodworms)vivem no fundo 
lamacento das águas com pouca ou nenhuma corrente.

    Alimenta - se de microorganismos e sua viva cor vermelha se deve à 
hemoglobina que contém em seu corpo e que lhe permite suportar ambientes 
pobres em oxigênio ou anaeróbios. Podem alcançar até 6 cm em algumas 
espécies.

    Seus ovos aderem às paredes do cultivo em uma massa gelatinosa. As 
larvas podem ser cultivadas também em bandejas onde pode - se capturá - 
las aquecendo o fundo, isso fará com que elas saiam do lodo e venham 
nadar na área livre de lodo da água.

    Eu encontrei delas até num pedaço de acrilon que eu esqueci em cima 
da tampa do filtro do lago. Aproveitei pra colocar em um vaso de barro e 
ver se elas procriam mais. Tomara!!!


Artêmia Salina





     As artêmias são pequenos crustáceos da ordem Anostraca, têm tamanho 
e coloração variadas - que vão do rosa pálido ao avermelhado, branco ou esverdeado, dependendo do tipo de alimento que elas consumirem.

     Vivem em regiões de água salgada concentrada (Salinas) - ambiente 
extremo no qual poucas espécies desenvolvem-se, de forma que há
poucos predadores - por serem ricas em proteínas, vitaminas
(principalmente a vitamina A e o Caroteno) e sais minerais ,
é um dos melhores alimentos vivos que pode se fornecer aos
peixes. Acelera a recuperação de doenças (artêmia em 
grego significa saúde) e seus náuplios são indispensáveis
na alimentação de alevinos. Cavalos- marinhos e corais - entre
outras espécies - alimentam-se quase que exclusivamente de náuplios
de artêmias.

     A artêmia salina está em constante estado de locomoção, pois são
animais filtradores que dependem disso para alimentar-se e respirar.
Possui 11 pares de pernas torácicas, que variam um pouco no tamanho.
Cada perna possui 7 enditos ("galhinhos") com finíssimos cílios que
atuam na filtragem e coleta de alimentos. Quando as pernas se
movimentam para frente, formam as "caixas filtradoras", nas
quais por meio das cerdas coletadas micro algas, bactérias, diatomáceas 
e flagelados, além dos detritos orgânicos em suspensão no corpo aquático.

     De fácil dimorfismo sexual atinge a fase adulta por volta dos 20
dias de vida, a fêmea adulta possui uma bolsa incubadora no
último segmento torácico e, ao contrário do macho, não apresenta
apêndices abdominais. Durante a cópula, o macho utiliza as segundas
antenas, semelhantes a bigodes, para enganxar-se a fêmea. Pode
reproduzir-se de duas maneiras distintas: viviparamente, na 
qual ocorre liberação direta de náuplios, ou oviparamente na qual os 
embriões se desenvolvem até a fase de gástrula e se encapsulam nesse
estágio dentro de uma casca interrompendo seu metabolismo e
podendo permanecer como cisto durante longo período de tempo

    Faz dois dias que comecei a tentativa de reproduzir artêmias, e pra
minha surpresa, não é que deu certo. Não achei que fosse tão fácil.

    Os materiais utilizados foram: os cistos de artêmia da Maramar,
uma garrafa pet de dois litros, um aerador que já uso na criação de
dáfnias, uma pedra porosa e o mais difícil de encontrar que foi o sal
grosso sem iodo que comprei em uma casa religiosa. Peguei
aproximadamente dois litros de água do meu lago, adicionei duas
colheres de sopa de sal grosso sem iodo, e montei tudo, despejando
todos os cistos dentro. No dia seguinte elas já tinham eclodido. Não
coloquei aquecedor nem lâmpada nem nada, estão no tempo.

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      Comprei faz algumas semanas um balde de ração para Kingyos e
Carpas  da JBL na loja Aqua Sol Nascente pela internet (é onde
quase sempre compro minhas rações). Em resumo, me parece ser
uma ótima ração, do nível ou melhor do que a Tetra. Uma coisa
interessante é que ela parece alimentar mais já que eles comem
um pouco menos do que quando comiam Tetra e outras, porém
com a mesma vontade. Um amigo que também dá JBL para
os dele disse que por conta das vitaminas, os peixes se sentem
satisfeitos com uma menor quantidade. Eu comprei a Mix que vem
com quatro grãos diferentes: um com spirulina, um para cor, outro
para defesa e outro vitalidade. 

Aí a foto do balde:





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     Mais conhecida como maria - pretinha, a Solanum americanum
é uma planta herbácea anual da família das Solonaceae reproduzida
por sementes.      Suas folhas alternas, pecioladas, ovaladas ou
rômbicas, com até 7 cm de comprimento e de coloração verde. Sua
inflorescência é axilar com um pedúnculo de cujo ápice ostenta até 6
pequenas flores, que tem cálices de coloração verde com 5 lobos
agudos. 

     A planta aceita bem condições de clima tropical, subtropical ou
temperado. Para um bom desenvolvimento exige solo fértil, rico
em nitrogênio e com boa umidade. Cada fruto tem cerca de 50 à
100 sementes. 

     Na parte meridional do Brasil a planta é encontrada da primavera
ao outono, e também é conhecida como: erva - moura, maria - preta,
pimenta - de - galinha, pimenta - de - rato, pimenta - de - cachorro,
erva - de - bicho, erva - mocó, aguarágua, guaraquinha, e caraxixú. 

     Seus frutos devem ser consumidos somente quando maduros com 
coloração preto brilhoso. É nessa hora que os espremo entre os dedos
dentro da água do lago e meus kingyos se fartam. 








     
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      Dentre tantos alimentos vivos que criamos para oferecer aos nossos 
peixes, poucas vezes eu criei uma cultura tão prolífera quanto o
nematóide aquático conhecido como lombriga do vinagre ou verme
do vinagre.

      Ele aparece naturalmente em barris de vinagre e são um excelente
alimento para alevinos de quase todas as espécies. Não morre facilmente
no aquário e não se reproduz nele, além de nadar muito, o que o torna
mais atrativo. 

      O que você vai precisar pra começar sua cultura:

- um pote de maionese grande;
- vinagre de sidra;
- pedaço pequeno de maçã;
- meia calça para cobrir o pote;
- cultura mãe.

      Para começar dilua o vinagre na proporção de uma parte para
três de água, adicione uma pequena fatia de maçã fresca, e a cultura
mãe. Cubra o pote com a meia calça presa por um elástico. Antes
de introduzir a cultura mãe, deixe a temperatura igualar, boiando
um pouco no pote. 

      Sua cultura deve ficar duas semanas em média descansando em
local escuro para crescer um pouco. Daí é só felicidade. Você verá
milhões deles se olhar contra luz. 

      Fique de olho para sua cultura não saturar, adicionando de vez em
quando um pouco mais de água ou vinagre, e tenha assim que possível
uma sub cultura. Renove de vez em quando também a maçã e não deixe
a mistura estragar. 

      Para colher, basta fazer um pequeno puça com nylon de 180 fios,
colher direto de dentro da cultura e antes de dar aos peixes lavar em
água corrente bem de leve para não esmagá - los.

Ração Caseira - Pond de Ervilha 

      Você vai precisar de:

- ervilha (a quantidade que quiser, que seja consumida no mesmo dia);

- moinho tipo moedor de carne (pode ser aquele antigo de mão mesmo);
- panela pequena para cozinhar as ervilhas;
- peneira ou escorredor de arroz;
- pote para secagem da ração.

Preparo

      Cozinhe a ervilha e deixando por cinco minutos após levantar fervura.
Após isso, escorra e coloque no moinho. Passe toda ela pelo moinho duas
vezes, aumentando a liga da ração e está pronto. Daí é só pôr no sol
pra dar uma secada por uns vinte minutos ou meia hora. Dependo
do dia e do calor. Se preferir, também não precisa fazer isso, mas
ela pode desmanchar ao bater na água.

      Eu não levei nem dez minutos para fazer todo o processo até a
secagem. A vantagem desse modo de fazer, é que não precisa ficar
muito tempo fervendo, o que no caso das ervilhas é demorado pois
elas demoram para amolecer, e ao passar pelo moinho, você já tritura
ela e facilita a mastigação dos Kingyos. Eles adoram esse tipo de ração
e fica muito atrativo visualmente.

As ervilhas já fervidas.



A ervilha ainda inteira.



O resultado.


Lado a lado comparando com o pond da Tetra Color. 


Oferecendo os primeiros grãos da ração.





Os Corydoras chegando para comer também.


A ração fazendo sucesso no lago.




      Essa ração afunda quase que imediatamente, o que é bom, já que
Kingyos na verdade gostam de comer é no fundo. Vale alertar que essa
ração deve ser oferecida no mesmo dia para evitar que estrague e faça
mal aos peixes. Fica aí a dica de uma ração caseira rápida, prática e
barata de se fazer para os Kingyos.